O clima voltou a ficar tenso na região de chácaras ao lado da aldeia Bororó em Dourados. Grupo de indígenas passou a intimidar quem passa pelas estradas no local com rojões, fogo na vegetação e até tiros.
Vídeo que circula pelas redes sociais mostra pessoas dentro de um veículo circulando pelo local e ao pararem próximo a um indígena ele grita: “sai daqui seus invasores de terras indígenas”.
Em seguida é possível ouvir barulho de pedras que foram atiradas contra o veículo. Em outra imagem é possível ver um grupo colocando fogo na vegetação.
Moradores das chácaras que preferem não se identificar dizem que o clima começou a ficar tenso há alguns dias, mas nesta quarta-feira (16) a situação se agravou. A Polícia Militar foi acionada e constatou o impasse.
Um boletim de ocorrência chegou a ser registrado na delegacia, por esbulho possessório na forma tentada. Conforme informações da própria polícia, por volta das 15h a guarnição foi acionada até o local.
Durante a presença da PM, o grupo soltou rojões e atirou pedras com estilingues em direção das viaturas, sendo ouvido, também, três disparos de arma de fogo, não podendo identificar o autor, informou a polícia no boletim de ocorrência.
Ainda de acordo com a ocorrência, os militares também viram homens indígenas com arma branca e foice, sendo que no local também tinha mulheres e crianças. A polícia saiu da área e o clima continua tenso.
Recentemente um grupo de indígenas invadiu duas empresas no anel viário da cidade. Também picharam o muro e diziam que os estabelecimentos pertenciam aos ancestrais, por estarem em terra indígena.
O problema de conflito na região se iniciou em 2012, após a construção do anel viário, iniciando invasão de chácaras. A rodovia foi tida como uma espécie de divisor de águas entre a cidade e a aldeia.
Com isso, quem ficou do lado da aldeia passou a ter problema de invasão, pois indígenas alegam que as terras pertencem a eles. O caso foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal), mas está parado.
Alguns moradores de chácaras chegaram a ser expulsos de suas casas, enquanto outros, para não perderem as terras, passaram a contratar segurança particular.
Fonte: Dourados Agora