A história por trás da queda do helicóptero na região do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, na região de Naviraí, cidade a 366 quilômetros de Campo Grande, ainda é investigada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). No entanto, é possível afirmar que a aeronave voava em condições irregulares.
Procurada pelo Campo Grande News, a delegada titular do Dracco, Ana Cláudia Medina, afirmou que as diligências ainda estão em andamento e as informações ainda estão sendo resguardadas para que se tenha noção exata do cenário.
“Vamos periciar a aeronave tão logo seja possível e o que podemos afirmar por enquanto é que ela voava em condições irregulares”, afirmou Medina. O helicóptero aparece, no Registro Aeronáutico Brasileiro, com operação negada para táxi aéreo e com o Certificado de Aeronavegabilidade cancelado.
Dono – Conforme consulta ao sistema da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave pertence a José Flávio Castro Barretto. O piloto seria morador de Paraguaçu Paulista e aparece como suspeito de forte ligação com atividades ilícitas e integrante de organização criminosa que atua no tráfico de drogas e foi alvo da operação Helix, deflagrada em maio deste ano.
Segundo apurou o Campo Grande News, a investigação apontou que Barretto dedicava-se à manutenção e alteração/adulteração das aeronaves utilizadas para o tráfico de drogas, atuando também na intermediação de compra e venda de helicópteros. Bem como na falsificação de documentos. Sua atividade é descrita em processo como “operacional e restrita”.
Ele chegou a ser preso, mas foi colocado em liberdade pela 23ª Vara Federal de Curitiba, Paraná. Na ocasião, ele ficou proibido de manter contato com os outros investigados da operação e de sair do país. Além disso, deveria comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades e comunicar o endereço atualizado.
Fonte: Dourados Informa