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Tumba de mais de mil anos descoberta no Peru revela vida luxuosa de ‘senhor das águas’

ByNewsDourados

maio 23, 2023

Tumba com características únicas foi descoberta por arqueólogos na região de Lima.

Cova de seis metros de profundidade é a mais antiga e profunda já encontrada no cemitério Matacón, que vem sendo estudado desde 2018 — Foto: EPA/via BBC

Um grupo de arqueólogos peruanos descobriu o que parece ser uma tumba pré-incaica, de 1.200 a 1.400 anos atrás, de uma “personalidade da elite” provavelmente dedicada a “atividades marinhas”.

A tumba foi encontrada no vale de Chancay, a nordeste de Lima, e faz parte do que é conhecido como cemitério Matacón.

A cultura Chancay se desenvolveu na costa central do país, nos vales de Fortaleza, Pativilca, Supe, Huaura, Chancay, Chillón, Rímac e Lurín.

Os arqueólogos concluíram que a tumba recém-descoberta, a maior e mais antiga já encontrada na região, deve ter pertencido a uma pessoa de alto escalão na comunidade, pois foram encontrados os restos mortais dela com os de mais cinco pessoas — possivelmente parentes ou empregados que foram sacrificados, segundo disse à agência de notícias EFE o arqueólogo Pieter Van Dalen Luna.

Também foram encontrados 25 recipientes que continham comida e os restos mortais de quatro lhamas.

Foram encontrados restos mortais de seis pessoas e também de animais — Foto: EPA/via BBC

Foram encontrados restos mortais de seis pessoas e também de animais — Foto: EPA/via BBC

Objetos com tom de terra, e arqueólogo ao fundo subindo escada — Foto: EPA/via BBC

Objetos com tom de terra, e arqueólogo ao fundo subindo escada — Foto: EPA/via BBC

Os arqueólogos dizem que ainda são necessárias mais evidências e mais análises sobre os achados na tumba para que se possa chegar mais perto da identidade do dono da tumba.

Um remo foi encontrado. Segundo explicou o professor Van Dalen Luna à emissora da Universidade de San Marcos, este objeto não tinha sido encontrado em nenhuma das outras 80 tumbas que haviam sido escavadas anteriormente no cemitério.

“Pode ter sido uma pessoa dedicada à atividade marítima, de repente pescando ou coletando mariscos”, diz Van Dalen.

Esta cultura pré-incaica fez parte das chamadas populações aimarás. Elas povoaram áreas da Bolívia, do Peru e do Chile antes da expansão do império inca. Seu declínio coincidiu com a expansão de Tahuantinsuyo — que era como os incas se referiam à sua própria cultura.

Fonte: G1

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