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Qual a relação entre a expressão “puxar a capivara” e a ficha criminal de uma pessoa?

ByNewsDourados

maio 6, 2023

Termo usado especialmente nos meios jurídico e policial tem origem incerta. Uma das teorias é sobre a caça de capivaras com tamanhos desconhecidos em rios durante a noite

Capivara

A polêmica com a capivara Filó e o tiktoker Agenor Tupinambá, que conseguiu a tutela provisória do animal após precisar entregá-lo ao Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente), trouxe a lembrança em muitas pessoas de uma expressão muito usada nos meios jurídico e policial. Fala-se “puxar a capivara” ou “levantar a capivara” em referência à busca dos antecedentes criminais de alguém ou ainda sobre a tentativa de descobrir fatos do passado de uma pessoa, de forma genérica.

A origem da expressão é alvo de muitas dúvidas nesses meios (jurídico e policial) e diversas teorias são apresentadas. Uma das teses mais comuns é que a expressão seria uma referência à época em que a caça da capivara era permitida. Como o animal vive em áreas de rios e lagos, era caçado com frequência durante a noite, quando os caçadores podiam se esconder. Eles conseguiam ver apenas os olhos do animal sobre a superfície da água, e só conseguiam ver o que realmente tinham conseguido capturar quando puxavam cordas e ganchos que eram usados.

Essa é uma das teorias apresentadas pelo doutor em Direito e professor universitário Renato Bernardi, em artigo em que cita manifestações de leitores do site Migalhas, da área jurídica. Também são citadas outras ideias, como a relação com a pele da capivara, que é espessa e áspera, assim como seria a ficha criminal, no sentido figurado.

Outra tese é sobre uma forma comum de falar no interior de São Paulo. Quando alguém era preso em cidades menores, falava-se que era necessário consultar a “Vara Criminal” da justiça da capital para saber sobre os antecedentes. A expressão teria sido adaptada para “puxar a vara” e, com o tempo, “puxar a capivara”.

O início exato do uso do termo que faz alusão ao simpático animal, aparentemente, continuará sendo um mistério.

A Correia recebeu esse nome porque foi encontrada, muito machucada, presa à correia de um carro*Sob supervisão de Márcio Pinho
As 120 capivaras que residem no entorno do rio Pinheiros, na capital paulista, são monitoradas e cuidadas pelo projeto Capa (Centro de Apoio e Proteção Animal). Segundo a presidente da ONG, Mariana Aidar, alguns animais ganham nome para facilitar a identificação. A Rose (na foto ao lado) é esposa do Wolverine, que recebeu esse nome após ter brigado com outro macho e ficado com o corpo cortado 
O Boquinha ficou com o lábio inferior 'pendurado', também por ter brigado com um macho de sua espécie, e foi nomeado assim por esse motivo
A Correia recebeu esse nome porque foi encontrada, muito machucada, presa à correia de um carro*Sob supervisão de Márcio Pinho
As 120 capivaras que residem no entorno do rio Pinheiros, na capital paulista, são monitoradas e cuidadas pelo projeto Capa (Centro de Apoio e Proteção Animal). Segundo a presidente da ONG, Mariana Aidar, alguns animais ganham nome para facilitar a identificação. A Rose (na foto ao lado) é esposa do Wolverine, que recebeu esse nome após ter brigado com outro macho e ficado com o corpo cortado 
  • As 120 capivaras que residem no entorno do rio Pinheiros, na capital paulista, são monitoradas e cuidadas pelo projeto Capa (Centro de Apoio e Proteção Animal). Segundo a presidente da ONG, Mariana Aidar, alguns animais ganham nome para facilitar a identificação. A Rose (na foto ao lado) é esposa do Wolverine, que recebeu esse nome após ter brigado com outro macho e ficado com o corpo cortado Arquivo pessoal/ Mariana Aidar

Fonte: R7

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