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Com apoio do Choque, PM retira índios de área ocupada em Dourados

ByNewsDourados

abr 8, 2023

Com apoio do Batalhão de Choque, vindo de Campo Grande, militares fizeram a detenção e encaminhamento de 10 pessoas para delegacia

A Polícia Militar retirou na manhã deste sábado (8) o grupo de índios que desde sexta-feira (7) ocupava área vizinha da Reserva Indígena de Dourados pertencente à empresa Corpal Incorporadora, que iniciou obras para construção de um condomínio fechado.

Com apoio do Batalhão de Choque, vindo de Campo Grande, os militares fizeram a detenção e encaminhamento de 10 pessoas para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Polícia Civil.

Não houve mandado de reintegração de posse e a ação policial ocorreu depois que o proprietário da área ocupada registrou boletim de ocorrência por lesão corporal contra a pessoa que cuidava do local e esbulho.

Com as 10 pessoas levadas para delegacia, a PM informou ter encontrado rojões, armas caseiras, faca, facão e colete. Entre os detidos está Magno de Souza, indígena residente na Reserva de Dourados que foi candidato a governador de Mato Groso do Sul pelo PCO nas eleições de 2022.

Houve a detenção de 10 envolvidos na ocupação da área (Foto: Adilson Domingos/Dourados Informa)

Durante a ocupação, ele afirmou que os indígenas reivindicam estudos na área porque acreditam que as terras sejam parte da reserva de Dourados.

O grupo alegou que terreno já estava ocupado por eles, mas devido a uma divergência interna deixou o local há alguns meses. No início deste ano, a empresa iniciou as obras, primeiro pela construção do muro que vai isolar o condomínio.

Ainda segundo os guarani-kaiowá, nos últimos dias, as obras foram intensificadas e eles decidiram acampar na área, para impedir a construção.

No dia 14 de março deste ano, o procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, após ser procurado pela comunidade indígena, enviou ofício à Corpal cobrando informações sobre o empreendimento. Magno de Souza afirma que a empresa teria ignorado a notificação e iniciado as obras mesmo sem decisão da Justiça sobre a área. A empresa ainda não se manifestou.

Policiais militares na área após desocupação (Foto: Adilson Domingos/Dourados Informa)

Fonte: Dourados Informa

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