Alongamentos e demais atividades que ajudam a minimizar dores musculares agora fazem parte da rotina das reeducandas que atuam em oficinas laborais no Estabelecimento Penal Feminino de Jateí. A iniciativa integra uma parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), por meio da direção do presídio, e a prefeitura, que disponibilizou profissionais da CAMM (Clínica de Atendimento Municipal Multiprofissional) para as orientações.
A ação foi dividida em diferentes etapas e tem por objetivo a adoção de hábitos que reduzam os impactos negativos na estrutura muscular e do esqueleto das internas, em especial das que desenvolvem o trabalho de costura de bolas.
Em uma primeira visita, uma fisioterapeuta da CAMM avaliou a forma como realizavam este trabalho e em uma entrevista individual identificou suas principais queixas. Depois desse levantamento, foi feita uma intervenção educativa, além de ser analisada a origem dos desconfortos e sua relação com o trabalho que estão desempenhando.
“Esclarecemos dúvidas e orientamos sobre as formas de evitar sobrecargas articulares e musculares, com posturas adequadas e mudanças de postura ao longo da jornada, gestos durante a execução, pausas, horário de trabalho e outros”, explica a fisioterapeuta Daniela Cainé, responsável por coordenar a ação no presídio.
A atenção levada às internas envolveu, ainda, treinamentos de exercícios para a cervical, lombar e membros superiores, com incorporação dessas atividades na rotina diária da unidade prisional, e massagens autoaplicadas ou em grupo ao final do dia, bem como aplicação de bolsa de termogel.
Para isso, as detentas participantes receberam da Secretaria Municipal de Saúde de Jateí doação de bolinhas de cravo e hidratantes para as massagens, além das bolsas térmicas para as compressas.
A diretora da unidade prisional, Solange Pereira da Silva, reforça a importância da saúde no trabalho, inclusive das internas, já que elas também trabalham. “E essa parceria com o Município nos ajuda a possibilitar essas condições mais adequadas”, finaliza.
Fonte: Enfoque MS