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Juíza decreta prisão de “testa de ferro” do tráfico capturado na fronteira

ByNewsDourados

jan 7, 2023

Juíza decreta prisão de “testa de ferro” do tráfico capturado na fronteira

Luis Ivan Alderete é acusado de ligação com o Clã Insfran e foi preso perto de Paranhos

A juíza de Garantias Rosarito Montanía decretou a prisão do engenheiro Luis Ivan Estigarribia Alderete, 25, preso terça-feira (3) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Ele é apontado como “testa de ferro” do Clã Insfran, formado por narcotraficantes poderosos do Paraguai.

Alderete foi preso por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) em Yasy Cañy, povoado localizado a 80 km de Paranhos (MS), no departamento de Canyndeyú.

A organização criminosa à qual o rapaz é apontado como membro, é acusada de usar igrejas evangélicas para lavar dinheiro do tráfico. O líder do clã é Miguel Angel Insfran Galeano, o “Tio Rico”, que está foragido.

Com o mandado de prisão preventiva por organização criminosa e comercialização de entorpecentes, Luis Alderete foi levado para a Penitenciária Regional de Coronel Oviedo, cidade localizada nos arredores da capital Asunción e a 390 km de Pedro Juan Caballero.

Segundo o Ministério Público do Paraguai, Luis Estigarribia comprou bens móveis e imóveis e até abriu uma empresa a mando de “Tio Rico”. São pelo menos dez imóveis registrados em seu nome.

O Clã Insfran é aliado ao narcotraficante uruguaio Sebastián Marset, responsável pelo envio de grandes carregamentos de cocaína para a Europa e países asiáticos.

Marset é suspeito de ter mandado matar o promotor Marcelo Pecci, executado em maio do ano passado durante a lua de mel numa praia de Cartagena das Índias, na Colômbia.

Na mesma audiência, a juíza paraguaia decretou a prisão de outros dois integrantes da organização – Christian Paredes e Osvaldo Acosta, que estão foragidos. Os dois mantinham negócios com Luis Alderete.

Além de “Tio Rico”, o Clã Insfran tem como líder o pastor José Insfran, também com prisão decretada no âmbito da “Operação A Ultranza”, em fevereiro do ano passado. A operação é considerada a maior investida de todos os tempos contra o crime organizado no Paraguai.

FONTE: CAMPO GRANDE NEWS

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