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Hamilton e Wolff defendem safety car em Monza: “Essa é a regra

ByNewsDourados

set 12, 2022

GP da Itália terminou neste domingo sob bandeira amarela e lembrou polêmica em Abu Dhabi. Chefe da RBR negou semelhança, mas heptacampeão confirmou: “Essas coisas sempre trazem memórias”

Vai levar tempo para que o tema “GP de Abu Dhabi de 2021” saia da F1. A corrida que culminou com o afastamento do agora ex-diretor de provas Michael Masi e o título mundial de Max Verstappen foi relembrada com o desfecho do GP da Itália neste domingo, vencido pelo holandês sob safety car. E se a RBR não gostou do fim da prova, a Mercedes ficou satisfeita em ver o regulamento ser respeitado.

Essas coisas sempre trazem de volta as memórias. A regra deveria ser essa, certo? Então foi apenas uma vez, na história do esporte, que não cumpriram as regras – comentou Lewis Hamilton, referindo-se à prova em Yas Marina em dezembro passado.

Em Abu Dhabi, Hamilton estava a cinco voltas da vitória que lhe coroaria octacampeão mundial, até Nicholas Latifi bater sozinho. O safety car, porém, foi retirado da pista antes da hora, e os comissários ainda liberaram apenas de forma parcial o realinhamento dos carros retardatários.

Verstappen havia trocado seus pneus sob bandeira amarela e, no giro final, ultrapassou o britânico e levou o título.

Dessa vez, foi Daniel Ricciardo quem provocou a amarela, com uma quebra em sua McLaren a seis giros para a bandeirada. Verstappen liderava a corrida mas a direção de prova concluiu a disputa em Monza mesmo com o pelotão atrás do carro de segurança.

Safety car puxa o pelotão no fim do GP da Itália de F1 — Foto:  Clive Mason/Getty Images

Safety car puxa o pelotão no fim do GP da Itália de F1 — Foto: Clive Mason/Getty Images

A polêmica em Abu Dhabi quase envolveu a Corte Arbitral do Esporte (CAS) após apelos da Mercedes, mas a equipe desistiu de levar a questão à frente.

Ainda assim, o então diretor de provas da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) Michael Masi foi removido do cargo, hoje assumido por Niels Wittich e Eduardo Freitas.

– Estou muito satisfeito em ver que há um diretor de corrida e colegas que aplicam os regulamentos apesar da pressão da mídia, fãs e de todos para violar os regulamentos. Ao menos Abu Dhabi serviu para aumentar a confiança pra aplicação do regulamento. Há regras e elas estão escritas. E da minha perspectiva essas regras foram seguidas até o fim hoje – defendeu Toto Wolff, chefe da Mercedes.

Safety car lidera o pelotão nas voltas finais do GP de Abu Dhabi no último domingo — Foto: Reprodução

Safety car lidera o pelotão nas voltas finais do GP de Abu Dhabi no último domingo — Foto: Reprodução

Christian Horner, que defendeu a retirada precoce do safety car em Abu Dhabi, não mudou o discurso. Ele insistiu após a corrida deste domingo que havia tempo suficiente para o recomeço da prova e não ficou satisfeito com a maneira com que Verstappen conquistou sua 11ª vitória de 2022.

Wolff, por sua vez, explicou porque acreditava no oposto – que não havia tempo suficiente – e reforçou que os insatisfeitos com o atual regulamento podem solicitar a mudança de regra, mas segui-la enquanto a modificação não for feita:

– Havia um carro parado na pista, fiscais e um guindaste. Por isso não deixaram ninguém ultrapassar. E aí não houve tempo suficiente para recomeçar a corrida. Se alguém não está satisfeito com os regulamentos e quer ter um grande show e duas voltas finais de corrida e caos, estou absolutamente pronto. Mas então que se mude o regulamento. Não devemos reclamar do que houve porque essa é a regra. Há pessoas muito inteligentes e diretores esportivos que poderiam ter algumas ideias.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, durante o GP da Itália de F1 — Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images

Toto Wolff, chefe da Mercedes, durante o GP da Itália de F1 — Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images

A F1 retorna daqui a duas semanas, em 2 de outubro, com o GP de Singapura. Verstappen pode ser bicampeão já na próxima etapa, caso Charles Leclerc termine a corrida abaixo do nono lugar.

Fonte: GE

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