Em sete meses de 2022, a GMA atendeu mais ocorrências que a média dos últimos dois anos
A Prefeitura de Dourados começa nesta segunda-feira (8) a Campanha Agosto Sem Cinzas, com objetivo de conscientizar a população dos perigos das queimadas rurais e urbanas. A ação, promovida pela Defesa Civil de Dourados e pela GMA (Guarda Municipal Ambiental), envolve ainda o Imam (Instituto de Meio Ambiente de Dourados), Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Guarda Mirim, Grupo Desbravadores Bandeirantes, Corpo de Bombeiros e Associação dos Bombeiros Civis.
Segundo Rodrigo Vitorino da Cruz, coordenador da Defesa Civil, o número de ocorrências nesta época do ano aumenta e causa uma série de problemas, tanto na área urbana quanto na rural. “Temos diversos casos de queimadas próximas às estradas que comprometem a visibilidade dos motoristas, aumentando a possibilidade de acidentes graves. Mas, além disso, prejudica a fauna, flora, diminui a fertilidade do solo, além do comprometimento da qualidade do ar”, conta, o que explica o aumento de casos de doenças respiratórias, principalmente em crianças e idosos.
Nas áreas urbanas, as queimadas também preocupam, principalmente as de fundo de quintal, que, se fugiram do controle, colocam em risco residências próximas. “As pessoas juntam as folhas do quintal, juntam lixo e colocam fogo. Dourados tem atendimento da coleta em todo município e esse material deve ser ensacado e colocado para coleta. Mesmo essas queimadas pequenas são proibidas e podem gerar multas que variam de R$ 80 a R$ 500 mil”, diz Claudia Ortega, diretora ambiental da GMA.
De acordo com Ortega, nesses casos a GMA procura, primeiro, fazer o trabalho de orientação do cidadão, explicando os perigos da ação. “Estamos em um período longo de estiagem, baixa humidade que, naturalmente, já causa danos à saúde, principalmente de crianças e idosos. Essa situação que se agrava neste período por causa de queimadas”.
Os números da GMA mostram a necessidade da campanha de conscientização. Entre 2020 e 2021, foram, em média pouco mais de 100 atendimentos anuais. Neste ano, só nos primeiros sete meses, foram 149 ocorrências. “São todos os tipos de queimadas, de grande porte, em terrenos baldios e até em fundos de residências, para a usual limpeza de quintal”, completa.