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Em novas acusações, irmã da pecuarista morta estaria envolvida no crime

ByNewsDourados

jul 29, 2022

Em novas acusações, irmã da pecuarista morta estaria envolvida no crime

A empregada disse que receberia uma quantia R$50 mil para “assustar” a vítima

Polícia avança nas investigações sobre a morte da pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, morta nesta quinta-feira (28). A funcionária da vítima teria afirmado que a irmã de Andreia “encomendou” um “susto” à pecuarista, e ofereceu uma quantia de R$50 mil.

Em novas acusações realizadas pela funcionária de Andreia, Lucimara Rosa Neves, 43 anos, a irmã havia procurado por ela para orquestrar o plano, com o objetivo de fazer a pecuarista assinar um documento que comprovasse uma quitação de dívidas. Contudo, segundo a empregada, a irmã não teria conhecimento do plano inteiro.

Lucimara, que trabalhava para Andreia há cerca de 7 anos e era conhecida da família, também teria dito que não tinha intenção de matar a patroa, porque mantinham uma relação de confiança.

A funcionária foi presa ontem, após o crime, junto de sua filha. Ambas deram suas versões suspeitas à polícia, mas logo depois acabaram assumindo o crime. As mulheres confirmaram a participação e entregaram o suspeito que faltava, o cunhado de Lucimara.

Andreia e a irmã são filhas de Ocidio Pavão Flores, ex-diretor do sindicato rural de Ponta Porã, falecido em 2013 em decorrência de um infarto. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) cita Ocidio Pavão Flores em nove processos judiciais, oito em Ponta Porã e um em Jardim. Parte dos registros se referem ao espólio de heranças de Pavão, que possuía vasto patrimônio, incluindo imóveis rurais e urbanos, gado, maquinários e outros outros empreendimentos.

Polícia segue investigando o caso, e no momento de publicação desta matéria está prestando novos esclarecimentos.

O crime

Segundo a polícia, o crime foi premeditado, realizado pela funcionária da vítima, sua filha e seu cunhado.

Contrariando a primeira versão contada para a polícia, as investigações confirmaram que as mulheres foram a um supermercado atacadista para encontrar com o terceiro criminoso. Não houve sequestro, já que o carro havia sido aberto por trava elétrica e as câmeras do local mostraram que não houve abordagem.

“A investigação evidenciou que, no estacionamento do supermercado, o veículo da vítima foi aberto por controle remoto pelas autoras J. e L. [mãe e filha] no momento em que finalizaram as compras, justamente para a entrada de apenas 01 (um) indivíduo no banco traseiro do automóvel”, diz trecho do boletim de ocorrência policial.  

De acordo com o B.O., no caminho para a casa da vítima, os criminosos compraram um simulacro de arma de fogo – posteriormente encontrado na bolsa da acusada.

“Para simular o roubo, durante o trajeto do supermercado e a residência da vítima, os autores L., J. e P. pararam para adquirir um simulacro de arma de fogo. Tal simulacro foi encontrado na bolsa de J. pelos policiais desta unidade policial. Também ficou esclarecido que os autores pretendiam obter uma importância aproximada de R$ 20.000,00, que deveria ser exigida da vítima mediante transferência bancária (PIX) no momento do assalto”.

Ao chegar na residência, o trio simulou um assalto. O cunhado, de 23 anos, foi o assaltante em questão. Segundo a funcionária, o rapaz trancou ela e a filha em um cômodo, e em outro tentou forçar Andreia a fazer uma transferência de R$20 mil via PIX. Andreia teria reagido, e acabou sendo assassinada por asfixia.

De acordo com o boletim:

“A par de tal fato e, após entrevistas nesta Especializada, as autoras J. e L. acabaram revelando a verdadeira dinâmica do crime. Segundo a versão apurada, formalizada e ratificada pelos elementos de prova por ora colhidos, L. convidou o cunhado P., de 23 anos de idade, para simular um roubo contra vítima, todavia, ANDREIA tentou reagir e acabou sendo morta por ele, mediante asfixia mecânica (esganadura)”.

Fonte: Correio do Estado

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